
“Escolhi uma mulher bonita”, diz Lula sobre nova ministra de articulação política
Nomeação de Gleisi Hoffmann gera reações no Congresso e dentro do próprio PT
Durante um evento nesta quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um comentário sobre a escolha de Gleisi Hoffmann para o cargo de ministra das Relações Institucionais, destacando sua aparência.
“Por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância entre vocês”, afirmou Lula, dirigindo-se a parlamentares e mencionando a importância de estreitar os laços entre o governo e o Congresso.
A declaração rapidamente gerou repercussão. Enquanto alguns aliados consideram a fala apenas uma brincadeira, setores políticos avaliaram o comentário com cautela. A escolha de Gleisi para o cargo, por si só, já vinha provocando divergências, tanto dentro do PT quanto entre partidos da base governista.
Resistência e desafios da nova ministra
A nomeação de Gleisi Hoffmann não foi recebida com unanimidade. No Congresso, políticos do Centrão demonstraram preocupação com o perfil combativo da nova ministra, temendo que isso possa dificultar negociações e votações de interesse do governo.
Até mesmo dentro do PT, há divisão sobre sua escolha. Enquanto uma ala do partido vê a decisão como uma forma de centralizar ainda mais o poder dentro da legenda, outros consideram a experiência de Gleisi na campanha eleitoral de 2022 como um fator positivo para a função.
Apesar das resistências, a petista tem a confiança de Lula e assume um dos postos mais estratégicos do governo. A Secretaria de Relações Institucionais é responsável pela interlocução entre o Planalto e o Congresso, tendo papel fundamental na articulação política e na construção de alianças.
Agora, resta saber se a “mulher bonita”, como Lula a chamou, conseguirá superar os desafios e garantir a governabilidade em um cenário político cada vez mais complexo.