Estudante de psicologia é preso sob suspeita de estuprar mais de 300 crianças no PR
Na manhã desta quarta-feira (9), um indivíduo de 26 anos, que era estudante de psicologia, foi preso em Foz do Iguaçu, localizada no oeste do Paraná, sob alegações de ter cometido mais de 300 casos de estupro envolvendo crianças. A Polícia Civil, com auxílio da Polícia Federal, executou um mandado de prisão preventiva contra ele. O nome do estudante não foi divulgado.
As autoridades alegam que o indivíduo teria praticado uma série de crimes, incluindo estupro de menores, abuso virtual de menores, criação, armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças, além de aliciamento de crianças para atividades de natureza sexual.
Além da prisão, um mandado de busca e apreensão foi conduzido, resultando na descoberta de arquivos contendo pornografia infantil. Os investigadores encontraram mais de 1.700 desses arquivos, mais de 350 dos quais foram produzidos pelo suspeito enquanto ele cometia os atos de estupro.
De acordo com a Polícia Civil, os registros fornecem evidências de que o indivíduo era o responsável pelos abusos perpetrados contra crianças, incluindo alguns menores de 14 anos.
No que diz respeito aos crimes virtuais, as autoridades afirmam que o suspeito operava múltiplos perfis falsos na internet para atrair crianças. Usando videochamadas, ele coagia as vítimas a participar de atos sexuais e exibições utilizando objetos. Tudo era gravado, incluindo o rosto do perpetrador e suas reações.
A Polícia Civil também sugere que os conhecimentos adquiridos durante seus estudos de psicologia poderiam ter sido empregados para manipular e influenciar as crianças.
O delegado José Barreto comunicou que a investigação continua a cargo do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) em Foz do Iguaçu. O próximo passo é identificar as vítimas menores de idade envolvidas nos casos.
Barreto também enfatizou a importância de os pais estarem vigilantes em relação às atividades online de seus filhos. Ele salientou que o suspeito atraía crianças por meio de jogos eletrônicos, usando perfis falsos e uma linguagem adaptada ao público infantil. O delegado alertou os pais sobre a necessidade de manter um diálogo aberto com seus filhos, conscientizando-os sobre os riscos da internet e verificando quais tipos de conteúdo estão acessando, seja em dispositivos móveis ou computadores.