EUA temem que vitória da Maduro na Venezuela não reflita vontade do povo, diz Blinken
Secretário de Estado interrompeu participação em reunião de nações do Indo-Pacífico para abordar o assunto; Maduro venceu com 51,2% dos votos, segundo o conselho eleitoral venezuelano
Os Estados Unidos expressaram sérias preocupações de que os resultados anunciados pelo órgão eleitoral da Venezuela, que declarou a vitória de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos, possam não refletir a verdadeira vontade dos eleitores. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, interrompeu uma reunião de nações do Indo-Pacífico para abordar a questão, afirmando que a comunidade internacional estava atenta e responderia adequadamente.
Blinken destacou a importância de uma contagem justa e transparente de todos os votos e pediu que as autoridades eleitorais venezuelanas compartilhassem informações detalhadas com a oposição e os observadores eleitorais sem demora. Ele também enfatizou que o conselho eleitoral da Venezuela, embora devesse ser independente, é frequentemente visto como um braço do governo.
Além disso, pesquisas de boca de urna realizadas pela Edison Research indicaram que o candidato da oposição, González, teria obtido 65% dos votos, enquanto Maduro teria recebido apenas 31%. Washington, que já havia rejeitado a reeleição de Maduro em 2018, mostrou-se disposto a ajustar sua política de sanções com base na forma como as eleições foram conduzidas.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, expressou incredulidade com os resultados, e a oposição venezuelana, representada por María Corina Machado, alegou que o candidato da oposição obteve 70% dos votos.