Ex-assessor de Moraes no TSE é indiciado por vazamento de informações

Eduardo Tagliaferro nega crime; PGR decidirá se avança ou arquiva o caso

A Polícia Federal indiciou Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresenta uma denúncia formal, solicita mais informações ou arquiva o caso. Tagliaferro nega qualquer envolvimento no crime.

O ex-assessor atuava no setor de combate à desinformação do TSE durante a gestão do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a investigação, ele teria vazado conversas internas de servidores do tribunal com o objetivo de comprometer a credibilidade de Moraes, do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), além de colocar em xeque a imparcialidade dos magistrados das cortes superiores.

As mensagens foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. No relatório, a PF afirma que o inquérito reuniu provas, incluindo depoimentos e análises de mensagens extraídas do celular de Tagliaferro, que indicariam sua participação na divulgação do conteúdo.

Em sua defesa, o advogado Eduardo Kuntz declarou que seu cliente “reitera, categoricamente, que não foi responsável pelo suposto vazamento” e afirmou confiar que a PGR identificará fragilidades na investigação.