Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em investigação sobre interferência nas eleições
Na manhã desta quarta-feira, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi detido em Florianópolis (SC) sob suspeita de interferência nas eleições presidenciais. Segundo as investigações da Polícia Federal, membros da PRF teriam manipulado recursos humanos e materiais para dificultar o tráfego de eleitores durante o segundo turno.
De acordo com o inquérito, essas ações foram planejadas a partir do início de outubro daquele ano, e no dia do segundo turno, houve um reforço do patrulhamento na região Nordeste do país com o objetivo de afetar o fluxo de eleitores.
A prisão preventiva de Vasques foi solicitada pela Polícia Federal para evitar a possibilidade de influenciar depoimentos de outros funcionários, já que ele ainda mantinha influência sobre alguns. Mandados de busca e apreensão foram emitidos em diferentes estados, incluindo Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
Além de Vasques, outros foram alvos dessa ação, incluindo Wendel Benevides, ex-corregedor-geral da PRF, Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações, Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência, e outros ex-membros da PRF.
A operação, denominada “Operação Constituição Cidadã”, faz referência à Constituição Brasileira promulgada em 1988, que garantiu pela primeira vez o direito ao voto a todos os cidadãos. A PF investiga crimes como prevaricação, violência política e interferência no exercício do sufrágio.
A PRF também abriu processos administrativos disciplinares relacionados a essas alegações e encaminhou o assunto à Controladoria-Geral da União (CGU). Vasques defendeu-se, alegando que o grande número de operações no Nordeste era devido à infraestrutura da corporação nessa região.