Ex-presidente da Vila Isabel é apontado como suspeito no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
Segundo informações fornecidas em uma delação premiada, o ex-policial militar Élcio Queiroz, um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, revelou que o crime foi planejado por um grupo liderado pelo contraventor Bernardo Bello. Esse indivíduo é suspeito de ser um dos chefes do jogo do bicho no Rio de Janeiro e está foragido. Na delação, Queiroz também apontou o policial militar Edimilson Oliveira da Silva como aquele que teria contratado o ex-policial militar Ronnie Lessa, o qual é considerado o executor de Marielle e Anderson.
De acordo com Queiroz, a arma usada no assassinato de Marielle foi desviada do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Bernardo Bello Pimentel Barboza, ex-presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel, é procurado pelas autoridades. As investigações mostram que ele se tornou um dos líderes do jogo do bicho no Rio após se desentender com a família Garcia, família ligada ao mundo do crime, cujos negócios foram herdados por ele após as mortes de Waldemir Paes Garcia (Maninho) e Alcebíades Paes Garcia (Bid). Ambos foram assassinados em circunstâncias suspeitas, em eventos relacionados a disputas pelo controle da contravenção na Zona Sul do Rio.
Bernardo Bello chegou a ser preso na Colômbia em 2022, mas foi libertado após um habeas corpus. Desde novembro do ano anterior, a Polícia Civil do Rio e o Ministério Público tentam capturá-lo.
O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro de Bernardo Bello, bem como sobre locais clandestinos de bingos sob sua responsabilidade. A população é encorajada a denunciar de forma anônima.