Ex-Segurança de Tarcísio, Suspeito de Ligações com PCC, É Solto e Retorna à PM

Ex-Segurança de Tarcísio, Suspeito de Ligações com PCC, É Solto e Retorna à PM

Capitão da PM acusado de participação em esquema bilionário de lavagem de dinheiro reassume cargo após habeas corpus.

A Justiça Federal determinou a soltura do capitão da Polícia Militar de São Paulo Diego Costa Cangerana, que chegou a ocupar a posição de chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas. O oficial foi preso no final de novembro pela Polícia Federal (PF), acusado de envolvimento em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Após passar quase um mês detido, Cangerana recebeu o habeas corpus e reassumiu suas funções na corporação em 20 de dezembro. Ele havia sido afastado de suas atividades no início do mês, mas agora está de volta ao serviço ativo, lotado no 13º Batalhão de Polícia Militar.

Envolvimento com o PCC e Operação Tai-Pan

A prisão do capitão ocorreu no âmbito da Operação Tai-Pan, que investigou três fintechs suspeitas de movimentar aproximadamente R$ 6 bilhões em dinheiro proveniente do tráfico de drogas nos últimos cinco anos.

De acordo com a Polícia Federal, o militar teria papel ativo na articulação do esquema, atuando na abertura de contas nas fintechs utilizadas para lavar dinheiro. As transações suspeitas, envolvendo empresas e indivíduos, alcançaram impressionantes R$ 120 bilhões.

Durante o período em que atuou na Casa Militar do governo paulista, Cangerana acompanhou Tarcísio em pelo menos 25 compromissos oficiais, incluindo viagens internacionais e reuniões com autoridades como ministros do Supremo Tribunal Federal e o presidente da Câmara dos Deputados.

Tarcísio de Freitas Classifica Caso como Isolado

O governador Tarcísio de Freitas foi enfático ao tratar do assunto, afirmando que, caso as acusações sejam confirmadas, o capitão deverá enfrentar punição rigorosa. “Não podemos generalizar. A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição séria e profissional, mas, infelizmente, como em qualquer organização, existem indivíduos que desviam do caminho. Esses serão retirados e punidos severamente”, declarou Tarcísio.

O caso do capitão Cangerana reacende debates sobre corrupção em instituições públicas e o impacto de operações criminosas infiltradas nas forças de segurança. Apesar da gravidade das acusações, o retorno do militar à PM gera questionamentos sobre os critérios para sua reintegração enquanto o caso segue sob investigação.

O desdobramento desse episódio será crucial para determinar não apenas o futuro do capitão Cangerana, mas também para reforçar a credibilidade das instituições no combate ao crime organizado.

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