
Falso Alerta de Terremoto no Brasil: O Que Aconteceu?
Na madrugada desta sexta-feira (14), moradores de diversas cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram surpreendidos por um alerta de terremoto enviado para celulares Android. A notificação informava sobre um possível tremor na região, com magnitude estimada entre 4,2 e 5,5 na escala Richter.
O aviso gerou preocupação entre os usuários, principalmente porque um terremoto dessa intensidade poderia causar danos em edificações mais frágeis. No entanto, o Centro de Sismologia da USP e outras instituições responsáveis pelo monitoramento sísmico não registraram qualquer atividade sísmica na região.
Erro no Sistema de Alertas do Google
O alerta foi emitido pelo Sistema de Alertas de Terremoto do Android, que utiliza os sensores dos celulares para detectar vibrações e possíveis tremores. No entanto, o Google admitiu que se tratou de um erro e desativou temporariamente o sistema no Brasil para investigar a falha.
A Defesa Civil de São Paulo e do Rio de Janeiro também confirmaram que não emitiram nenhum alerta oficial e que não houve registro de ocorrências relacionadas a tremores de terra.
Reações dos Moradores
Em cidades como São Lourenço e Passa Quatro, no Sul de Minas, os moradores acordaram assustados com a notificação. Jhonatas de Souza Maciel, auxiliar de topografia, relatou que, ao ver o alerta pela manhã, sua mãe chegou a considerar a possibilidade de um maremoto, mas logo se tranquilizou ao lembrar que a cidade está cercada por montanhas.
Já Cristiani Darling de Souza Spinola, supervisora de qualidade, afirmou que, apesar do erro, o alerta foi válido como uma medida preventiva. “Prefiro receber um aviso falso do que não ter nenhuma notificação em um caso real”, comentou.
Google Pede Desculpas e Investiga o Caso
Em nota oficial, o Google reconheceu o erro, pediu desculpas pelo transtorno e afirmou que seguirá aprimorando o sistema para evitar falhas futuras. Segundo a empresa, o sistema de alertas do Android é uma ferramenta complementar e não substitui os sistemas oficiais de monitoramento.
Apesar do susto, a situação serviu para levantar um debate sobre a confiabilidade das tecnologias de alerta precoce e a necessidade de validação por órgãos oficiais antes da disseminação de informações de impacto.