Festa dos Fãs pela Liberdade de Deolane: A Celebração em Pernambuco

E não é que a Colônia Penal Feminina de Buíque virou um verdadeiro palco de celebração? Com a decisão judicial que permitiu a soltura da influenciadora e advogada Deolane Bezerra, seus fãs, mais animados que torcedores em final de campeonato, decidiram fazer uma festa em frente à prisão. Com direito a espumantes, taças e cervejas, eles aguardam ansiosos pela saída da “estrela” do momento, como se estivessem esperando o lançamento de um novo single.

Deolane, que ficou presa por 20 dias devido a uma investigação sobre lavagem de dinheiro e jogos ilegais, foi beneficiada pela benevolente mão da Justiça. A decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que permitiu a liberdade dela e de mais 16 investigados, não deixou de gerar críticas e ironias. Afinal, como pode uma influenciadora, no centro de uma investigação de crimes, ser recebida como se fosse a salvadora da pátria?

E não parou por aí. Em uma entrevista na porta da cadeia, Deolane fez questão de criticar o delegado do caso, com a clássica pose de quem saiu da prisão com a cabeça erguida, mas a boca coberta por uma fita – como se estivesse fazendo uma referência ao silêncio imposto por alguém que se recusa a se calar. Ah, a ironia do destino!

A operação que a prendeu, chamada Integration, é uma tentativa de desmantelar uma organização criminosa ligada a apostas ilegais, mas, ao que parece, a festa dos fãs faz parecer que tudo não passa de uma grande jogada de marketing. Afinal, quem não gostaria de sair de uma prisão e ser recebido como uma celebridade?

A vida luxuosa de Deolane, celebrada nas músicas que seus fãs cantavam em coro, revela um paradoxo desconcertante. Em tempos de crise, a hipocrisia de se comemorar a liberdade de alguém implicado em escândalos de lavagem de dinheiro e jogos ilegais deveria ser um motivo de reflexão. Mas, pelo visto, a festa deve continuar, porque o show não pode parar, não é mesmo?