Filha trans de Elon Musk revela que não se comunica com o pai há quase cinco anos
Vivian Jenna Wilson, que se assumiu trans em 2020, fala sobre seu distanciamento da família e sua visão política progressista
Vivian Jenna Wilson, filha de Elon Musk, foi entrevistada pela escritora e comediante Ella Yurman e abriu o jogo sobre sua vida, interesses e relação distante com a família paterna. Durante a conversa, ela descreveu seu afastamento do pai, detalhando como desde que se assumiu trans em 2020, procurou se distanciar publicamente de Musk e de sua figura. Em 2022, ela deu mais um passo em sua jornada ao entrar com um pedido legal para mudar seu nome, explicando que não queria mais ser associada a ele de “nenhuma forma”.
Apesar da atenção que essa decisão gerou, Vivian revelou que raramente pensa em Elon Musk e prefere focar em suas atividades acadêmicas em Tóquio, onde se dedica ao aprendizado de francês, espanhol e japonês. Em um tom descontraído, ela comentou sobre seu passado, dizendo que antes sonhava em ser tradutora, mas agora considera novas opções, como a carreira de streamer no Twitch ou modelo. “Não ganho dinheiro nenhum por ser famosa, mas vivo na cabeça de muitas pessoas sem pagar aluguel”, brincou. Ela também revelou que seu sonho é participar de um reality show, algo que ela considera “absolutamente patético”, mas ainda assim um objetivo.
Vivian compartilhou sua experiência pessoal de enfrentar a disforia de gênero e desafios de saúde mental desde a infância. Como defensora dos direitos trans, ela se posiciona contra as leis antitrans nos Estados Unidos, principalmente as que afetam os jovens. Ela criticou a tentativa do governo Trump de cortar o financiamento para tratamentos de afirmação de gênero para menores de 19 anos, embora a medida tenha sido barrada por juízes federais.
“Ser trans não é uma escolha”, afirmou Vivian, apontando que além das pessoas trans, grupos marginalizados, como imigrantes sem documentos e pessoas negras, também têm sido negativamente impactados pela administração atual.
Sobre sua relação com o pai, Vivian foi enfática: “Não me comunico com ninguém naquela família… Não acompanho, porque realmente não dou a mínima para o que eles fazem”. Ela não poupou críticas a Elon Musk, especialmente em relação a um episódio envolvendo uma saudação nazista, que ela chamou de “louca” e “uma saudação nazista”. “Não falo com ele desde 2020. Isso foi há quase meia década. Graças a Deus”, completou.
Vivian se descreve como progressista e de esquerda, defendendo pautas como renda básica universal, assistência médica gratuita e justiça econômica. Ela refletiu sobre a desigualdade de riqueza que presenciou durante sua estadia em Los Angeles, onde observou de perto o contraste entre a imensa fortuna de algumas pessoas e a crise dos sem-teto. “Você começa a se perguntar: Como isso é justo?”, questionou, concluindo que é impossível não chegar à conclusão de que a desigualdade social é insustentável.
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