Flávio Dino desrespeita o Parlamento e não atende à convocação da Câmara pela terceira vez

Pela terceira vez consecutiva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não compareceu à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, que o convocou para prestar esclarecimentos. A comissão aguardava a presença do ministro para abordar mais de 20 requerimentos relacionados a temas como violência, segurança pública, interferência na Polícia Federal, atos de 8 de janeiro, regulamentação de armas, invasão de terras e disseminação de fake news sobre colecionadores e atiradores.

O presidente da comissão, Sanderson (PL-RS), expressou sua insatisfação, considerando a ausência de Dino um desrespeito ao parlamento. Ele ressaltou que no manejo da coisa pública e no Parlamento, não há espaço para vontades pessoais e que o ministro parece dar mais importância a essas vontades do que ao interesse público.

Apesar dos diversos requerimentos, a comissão não recebeu nenhuma justificativa oficial para a ausência do ministro. Diante das repetidas faltas, o colegiado planeja comunicar à Procuradoria-Geral da República para abrir um processo por crime de responsabilidade no Supremo Tribunal Federal.

Em um ofício enviado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Flávio Dino citou a má conduta dos parlamentares da comissão e alegou “falta de capacidade e isenção” do presidente do colegiado, afirmando que o ambiente coloca em risco sua integridade física e moral. No entanto, ele se colocou à disposição para comparecer à comissão-geral no plenário, argumentando que esse formato permitiria esclarecimentos “com a devida segurança”.