Fracasso nas Ruas: Esquerda Tenta Protesto Contra Anistia e Não Mobiliza
Baixa adesão marca ato na Avenida Paulista, enquanto direita reúne multidões
O tão aguardado protesto da esquerda contra a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro se transformou em um fiasco retumbante. Mesmo com a presença de Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), a manifestação realizada na Avenida Paulista no último domingo (30) reuniu apenas 6,5 mil pessoas, segundo estimativas otimistas. Números mais conservadores, como os do setor de inteligência da Polícia Civil, apontam que o público real não passou de 5 mil.
A falta de adesão contrasta com a recente mobilização bolsonarista em Copacabana, que, segundo levantamentos, atraiu cerca de 18 mil pessoas, três vezes mais do que o ato esquerdista. Para piorar a situação, a manifestação contou com a ausência de figuras centrais da esquerda: nenhum líder nacional de partidos, ministros ou governadores compareceu.
Fracasso e Justificativas
Organizado por entidades como a Central de Movimentos Populares (CMP) e movimentos sindicais, o ato tentou levantar a bandeira do “Sem Anistia”, mas o público limitado e a falta de engajamento popular evidenciaram a dificuldade da esquerda em mobilizar suas bases. Enquanto isso, lideranças tentaram minimizar o fiasco.
“O tamanho do ato não é o mais importante”, justificou Boulos. Já o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) atribuiu a falta de adesão à ausência de apoio de setores religiosos e empresariais.
A baixa adesão revela um enfraquecimento da esquerda nas ruas e evidencia um fenômeno que tem se repetido nos últimos anos: enquanto movimentos conservadores conseguem arrastar multidões, a esquerda encontra dificuldades para fazer ecoar sua voz.
