Funcionários pedem exoneração de Pochmann do IBGE
Sindicato convocou ato e pede mudanças no regime de trabalho no órgão
A situação no IBGE chegou a um ponto insustentável, e não dá mais para fechar os olhos. Márcio Pochmann, atual presidente do instituto, está sendo duramente criticado por sua gestão autoritária e por decisões tomadas nas sombras, sem sequer ouvir os servidores que mantêm a instituição de pé. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas (Assibge) convocou um ato para exigir que Pochmann mude seu comportamento, ou, mais urgentemente, que seja exonerado do cargo. E honestamente, quem poderia culpá-los? O que está acontecendo é simplesmente absurdo.
As queixas são muitas, e vão desde mudanças arbitrárias no regime de trabalho, até a criação de uma fundação de direito privado, a tal IBGE+, implementada sem qualquer diálogo. Sério, como pode uma fundação que mexe diretamente com a independência do órgão ser criada assim, de forma sigilosa por 11 meses? E depois querem que todo mundo engula essa história sem questionar? A indignação só cresce.
Além disso, Pochmann parece estar mais preocupado em rodar o mundo com viagens frequentes, enquanto o IBGE enfrenta uma crise financeira sem precedentes. E essas viagens, feitas às custas de um orçamento já esgotado, são uma afronta direta aos trabalhadores que lutam para manter as operações mínimas do órgão funcionando. O instituto está sem verba para pagar aluguel, atrasando pagamentos a fornecedores, e cortando despesas essenciais para as pesquisas – mas as viagens do presidente seguem, como se nada estivesse acontecendo. É uma desconexão total com a realidade.
E não para por aí. Tem também a polêmica da transferência dos servidores para o Horto, um local sem estrutura básica de transporte ou alimentação adequada. Querem jogar os trabalhadores de um ponto central do Rio de Janeiro para uma área onde mal tem ônibus. Isso não é apenas falta de planejamento, é um desrespeito total com quem mantém o IBGE operando diariamente.
Os servidores já deixaram claro: essa gestão não dá mais. Pochmann está afundando uma instituição fundamental para o país, comprometendo a autonomia e a qualidade dos dados produzidos. Eles pedem a exoneração, e não é à toa. Com decisões autoritárias, sem diálogo e com impacto direto na vida dos trabalhadores, essa situação não pode continuar. O IBGE, um pilar da nossa sociedade, está sendo minado de dentro, e a culpa é de uma gestão que perdeu totalmente o contato com suas responsabilidades. É revoltante ver uma instituição tão importante ser tratada com tanto descaso.