
“Galvão se revolta com suposta camisa vermelha da Seleção: ‘É uma afronta à nossa história’”
Narrador histórico das Copas, Galvão Bueno critica duramente a possibilidade de um novo uniforme vermelho para o Brasil em 2026, chamando a mudança de ‘crime contra o futebol’

A possível nova camisa da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026 está provocando polêmica e dividindo opiniões — e não é por pouco. A ideia de trocar o tradicional uniforme azul reserva por um modelo vermelho foi recebida com forte repúdio por Galvão Bueno, um dos nomes mais emblemáticos da narração esportiva no país.
Durante o programa Galvão e Amigos, o veterano apresentador, agora na Band, não poupou críticas à ideia. “Isso seria um crime”, desabafou, visivelmente incomodado. Para ele, abandonar as cores da bandeira brasileira — verde, amarelo, azul e branco — é desrespeitar a própria alma do futebol nacional. “É uma ofensa sem tamanho à nossa história”, completou, nas redes sociais.
Segundo o site Footy Headlines, conhecido por antecipar lançamentos de uniformes, o segundo uniforme da Seleção na próxima Copa será vermelho e virá com a marca Jordan no lugar da tradicional Nike. A escolha, além de polêmica, esbarra em questões legais: o estatuto da CBF estabelece que as cores dos uniformes devem se basear na bandeira do Brasil, embora permita exceções comemorativas — desde que aprovadas pela diretoria.
Vale lembrar que o vermelho não é exatamente inédito. A seleção já vestiu essa cor em situações bem pontuais, como nos Sul-Americanos de 1917 e 1936, quando precisou improvisar por causa de conflitos com as cores dos adversários. Em 1936, por exemplo, o Brasil chegou a usar uniformes emprestados do time argentino Independiente.
Apesar dessas exceções históricas, a resistência à mudança é grande. Para muitos, como Galvão, mexer nas cores da camisa canarinho é tocar em algo sagrado. E no país onde o futebol é quase religião, mudar a “liturgia” pode mesmo soar como heresia.