Gastos com cartão corporativo caíram em R$ 149 milhões no 1º ano do governo Lula
No primeiro ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, os gastos com cartão corporativo apresentaram uma redução significativa de 35,2%, totalizando R$ 273,9 milhões, em comparação com os R$ 422,9 milhões gastos no último ano do governo de Jair Bolsonaro. Os dados, provenientes do Portal da Transparência, abrangem despesas relacionadas ao Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) da Presidência da República e ao Cartão de Pagamento da Defesa Civil (CPDC) usado para ações emergenciais.
O ano de 2022, sob a gestão de Bolsonaro, registrou o segundo maior gasto da última década, sendo superado apenas por 2017, durante o governo de Michel Temer, quando atingiu R$ 453 milhões. É importante destacar que o número de portadores de cartões corporativos diminuiu de 6.567 em 2022 para 5.937 em 2023.
O cartão corporativo, criado durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, é utilizado para compras que não exigem licitação, incluindo materiais funcionais, serviços relacionados às atividades governamentais, reparos em imóveis públicos e despesas emergenciais. A categoria de gastos inclui também o Cartão de Pagamento de Defesa Civil para ações emergenciais estaduais e municipais.
Apesar de o governo Bolsonaro ter reduzido os gastos em 2022, o ano destacou-se como o segundo mais oneroso da década. A média anual de gastos com o cartão corporativo, de 2013 a 2023, foi de R$ 326 milhões. No entanto, ao considerar apenas o cartão de pagamento do governo federal, os gastos da gestão Lula permanecem acima da média, com uma média anual de R$ 61,4 milhões.
Em 2023, a Presidência da República foi o órgão que mais utilizou recursos do cartão corporativo, representando 28,42% dos gastos, seguida pelo Ministério da Justiça com 26,33%. Os ministérios do Planejamento, Educação e Defesa ocuparam as posições seguintes, com 10,28%, 9,09% e 7,82% dos gastos, respectivamente.