
Gilberto Nascimento Assume Liderança da Bancada Evangélica Após Disputa Acirrada
O deputado venceu Otoni de Paula e será o novo presidente do grupo para o biênio 2025-2026, com foco em temas como família e aborto.
Após um processo conturbado, que refletiu a polarização dentro da bancada evangélica, o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) foi eleito, nesta terça-feira (25/02), para comandar o grupo no biênio 2025-2026. Nascimento, que contou com o apoio da ala bolsonarista, recebeu 117 votos, derrotando Otoni de Paula (MDB-RJ), que obteve 61 votos. Cinco votos foram anulados ou em branco.
A eleição foi marcada pela saída da deputada Greyce Elias (Avante-MG), que inicialmente concorria, mas optou por apoiar Nascimento, que, em contrapartida, a convidou para a vice-presidência da bancada.
Durante sua campanha, Gilberto Nascimento afirmou que os principais temas para sua gestão serão a defesa da família, a luta contra o aborto e a oposição à legalização das drogas. “São pautas que a sociedade também clama por elas, e vamos trabalhar intensamente para que sejam discutidas”, declarou o deputado.
A escolha do novo presidente se deu de maneira inédita, com uma disputa formal, já que a bancada evangélica tradicionalmente optava por consenso. Este ano, no entanto, a polarização entre os candidatos levou a um processo eleitoral. A bancada conta com 219 deputados e 26 senadores, mas apenas 183 participaram da votação.
A posse de Nascimento está marcada para ocorrer nesta quarta-feira (26), durante a tradicional Santa Ceia, evento semanal promovido pelo grupo.
Apesar da acirrada disputa, o atual presidente da bancada, Silas Câmara (Republicanos-AM), minimizou os conflitos internos, afirmando que a bancada nunca esteve “dividida”, e que todos têm o direito de expressar suas ideias e propostas.
Gilberto Nascimento, alinhado com a ala mais conservadora e bolsonarista, recebeu também o apoio de figuras como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), enquanto Otoni de Paula, que se aproximou do governo Lula, buscava construir um diálogo com o Executivo, embora tenha negado ser um aliado do presidente.
4o mini