Gilmar Mendes diz que PRF “merece ter a sua existência repensada”
No sábado, dia 16, o Ministro Gilmar Mendes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua opinião sobre a necessidade de reavaliar a continuidade da atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Essa declaração veio à tona após um trágico incidente que resultou na morte de Heloisa Silva, uma criança de três anos atingida por tiros disparados por um agente da PRF durante uma operação no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
Heloisa estava internada desde o dia 7 de setembro na unidade de terapia intensiva do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.
Mendes também fez menção a um incidente prévio envolvendo Genivaldo, que perdeu a vida por asfixia dentro de uma viatura, que se tornou uma espécie de ambiente inadequado.
Além da necessidade de responsabilizar penalmente os agentes envolvidos, o ministro sublinhou a importância de adotar medidas mais abrangentes, levando em consideração que um órgão policial que está envolvido em eventos tão chocantes e que, em outros momentos, se envolve em tentativas de interferência nas eleições, deveria repensar sua continuidade.
A PRF exerce um papel crucial na segurança pública do Brasil, sendo encarregada da fiscalização, patrulhamento e garantia da segurança nas rodovias federais e áreas de interesse nacional.
Uma das responsabilidades da PRF é combater o tráfico de drogas nas estradas. Conforme o relatório mais recente da corporação, de 2022, nos três anos anteriores, a PRF apreendeu mais de R$ 20 bilhões em apreensões ligadas ao crime organizado nas rodovias federais. Nesse período, foram confiscadas quase 2 mil toneladas de drogas e detidas 130 mil pessoas.