
Gilmar Mendes Rasga Lava Jato: Provas Contra Baldy São Anuladas
Ex-ministro de Temer, acusado de corrupção, é beneficiado por decisão do STF que desmonta investigações sobre desvios e organização criminosa.
Mais um capítulo da série “blindagem aos poderosos” foi escrito pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Desta vez, o beneficiado foi Alexandre Baldy, ex-secretário de João Doria, ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades durante o governo Michel Temer (2016-2018). Mendes decidiu anular todas as provas coletadas contra Baldy no âmbito da Operação Lava Jato, enterrando uma investigação que apontava corrupção e envolvimento com organização criminosa.
Baldy, que atualmente ocupa um cargo de executivo em uma gigante chinesa do setor automotivo, a BYD, foi acusado de ter participado de esquemas de desvio de recursos públicos. A decisão de Mendes segue uma tendência já familiar para quem acompanha os desdobramentos da Lava Jato: declarações de irregularidades processuais que acabam servindo como passaporte para a impunidade de figurões políticos.
O ministro justificou sua decisão afirmando que as provas teriam sido obtidas de forma inadequada, sem o devido respeito às normas legais. Para quem esperava ver um desfecho no caso, a decisão soa como um balde de água fria e um símbolo do desmonte sistemático das investigações anticorrupção no país.
Enquanto isso, Baldy e seus advogados celebram mais uma vitória que, para muitos, não representa justiça, mas sim o triunfo de um sistema que protege os poderosos. Já a população, que paga o preço das práticas denunciadas, assiste de longe, com indignação crescente, a mais um episódio de descrença no sistema judicial brasileiro.
O roteiro parece sempre o mesmo: quem tem conexões poderosas e um bom time de advogados sai ileso, enquanto o cidadão comum luta para acreditar que a Justiça serve para algo além de defender os interesses das elites.
Fonte e créditos: Revista Oeste