Gilmar Mendes vota por manter Zambelli ré em caso de arma de fogo

Gilmar Mendes vota por manter Zambelli ré em caso de arma de fogo


A deputada Carla Zambelli (PL-SP) teve um recurso negado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (17). O ministro decidiu manter Zambelli como ré no processo em que ela é acusada de perseguir um homem nas ruas de São Paulo portando uma arma de fogo, pouco antes das eleições do ano passado. A denúncia, feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), inclui os crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o uso da arma.

Em agosto, a maioria dos ministros do STF já havia aceitado a denúncia contra a parlamentar. A defesa alegou, entre outras coisas, que Zambelli possuía autorização para portar a arma na época, o que excluiria a acusação de porte ilegal. No entanto, Gilmar Mendes rejeitou esse argumento, destacando que a decisão anterior considerou que a posse da arma, nas circunstâncias descritas na denúncia, não afasta a possibilidade do delito.

A defesa também argumentou que não houve o crime de constrangimento ilegal, pois a deputada teria agido em legítima defesa após ser ameaçada. Mendes, mais uma vez, não aceitou esse ponto do recurso, ressaltando que os detalhes do caso serão esclarecidos durante as investigações.

O julgamento do recurso de Zambelli está em andamento na Segunda Turma do Supremo, realizado de forma remota no plenário virtual, onde os ministros têm um prazo para votar. Até agora, Gilmar Mendes foi o único a proferir seu voto. A sessão continua até as 23h59 de 24 de novembro.

Além desse processo, a deputada enfrenta outras questões judiciais, incluindo sua ligação com o hacker Walter Delgatti, a quem teria intermediado para o ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de comprovar supostas fraudes nas urnas e realizar um grampo no ministro do STF, Alexandre de Moraes. Zambelli também foi multada em R$ 30 mil pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por disseminar desinformações sobre o processo eleitoral. Ela corre o risco de perder seu mandato.

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