
Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro, preso pela PF tinha show marcado no São João de Caruaru
Sanfonista e líder de banda de forró, Gilson teria se apresentado no maior festejo junino do Nordeste, mas foi detido em operação da PF
O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, conhecido por ser sanfoneiro e líder da banda de forró Brucelose, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13), em Recife. A prisão surpreendeu muitos, especialmente porque Gilson tinha show marcado para o dia 24 de junho no São João de Caruaru — uma das maiores festas juninas do Nordeste, famosa pela tradição e animação.
Com 57 anos, Gilson já dividiu palco com nomes consagrados, como Zé Ramalho, e mantém sua banda Brucelose em atividade desde a década de 1990. O grupo já fez milhares de apresentações, inclusive em vários eventos de São João na região, tendo registrado mais de 3 mil shows na carreira, com quase 60 deles só no período junino da “Capital do Forró”, como costuma chamar Caruaru.
De acordo com dados do Tribunal de Contas de Pernambuco, a Fundação de Cultura, Turismo e Esporte de Caruaru já havia reservado R$ 120 mil para pagar o cachê da banda de Gilson neste evento.
A prisão está ligada a uma investigação sigilosa conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) apuram que Gilson teria tentado ajudar o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, a deixar o país por meio da obtenção de um passaporte português.
Gilson Machado negou as acusações e afirmou que seu contato com o consulado português em maio foi apenas para ajudar o pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, na renovação do passaporte, sem qualquer intenção de fuga.
Enquanto isso, o cenário político segue tenso com essa nova fase da operação da PF, que já prendeu outros nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.