Girão rebate crítica de Pacheco à encenação do aborto: “Aqui é uma Casa da liberdade”
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu sua decisão de realizar uma dramatização durante uma audiência pública no Senado, em resposta às críticas feitas pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A encenação tratou da assistolia fetal, procedimento permitido por lei após 20 semanas de gestação.
Girão argumentou que o Senado é um espaço de liberdade e que a contadora de histórias, Nyedja Gennari, expressou artisticamente as questões em torno da assistolia fetal de forma voluntária e sem custos. Ele destacou que a performance foi uma forma legítima de trazer reflexão sobre o tema.
O senador também mencionou que convidou diversas autoridades e especialistas contrários ao projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, mas lamentou a ausência da ministra da Saúde, Nísia Trindade, cuja falta foi justificada pelo Ministério devido a conflitos de agenda.
A audiência pública foi marcada por divergências e pelo debate acalorado sobre diferentes perspectivas relacionadas à legislação atual e propostas em discussão no Senado.