Gleisi Hoffmann Assume Articulação Política e Promete Apoiar Haddad no Congresso
Nova ministra aposta no diálogo para fortalecer alianças e impulsionar a agenda do governo Lula em meio a desafios de popularidade
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha tomaram posse em novos cargos ministeriais, com o desafio de fortalecer a articulação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta um momento de baixa popularidade. Gleisi assume a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) com a missão de aproximar o Executivo e o Parlamento, enquanto Padilha retorna ao Ministério da Saúde com a meta de melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
Gleisi, em seu discurso, destacou seu compromisso com a construção de um governo de ampla coalizão e se colocou à disposição para dialogar com todas as forças políticas no Congresso e com os movimentos sociais. “Chego para somar e colaborar com todos os ministros, sempre respeitando os espaços de cada um sob a liderança do presidente Lula”, afirmou. Ela também fez questão de enfatizar o papel de Alexandre de Moraes, ministro do STF, na defesa da democracia durante as eleições de 2022.
Uma de suas primeiras ações no cargo foi um almoço com líderes do governo e do PT no Congresso, com o objetivo de estreitar laços e discutir as pautas prioritárias entre Legislativo e Executivo. Em seu discurso, Gleisi também se comprometeu a apoiar a agenda econômica do governo e fez um aceno ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem, no passado, teve divergências. “Estou aqui para ajudar na consolidação das pautas econômicas, que estão colocando o Brasil de volta no caminho do crescimento e da geração de empregos”, afirmou.
Já Padilha, que retorna à Saúde após ter comandado o ministério entre 2011 e 2014, promete uma revolução no atendimento médico no Brasil. Sua principal prioridade será reduzir o tempo de espera para o atendimento especializado no SUS, além de transformar o modelo atual da Tabela SUS, buscando pagar mais e melhor aos hospitais. Ele também anunciou a criação de órgãos voltados para o combate a futuras pandemias e epidemias.
O início da gestão de ambos ministros marca a nova fase da reforma ministerial de Lula, que visa fortalecer sua base de apoio e enfrentar desafios políticos e sociais no Brasil.
