Golpe no INSS: Mais de 300 mil aposentados já correram aos Correios para checar descontos suspeitos

Golpe no INSS: Mais de 300 mil aposentados já correram aos Correios para checar descontos suspeitos

Esquema desviou bilhões dos segurados; quase 2,5 milhões já pediram o dinheiro de volta

O escândalo dos descontos ilegais no INSS continua fazendo vítimas pelo país. Até esta terça-feira (3/6), mais de 300 mil aposentados e pensionistas já foram até uma das agências dos Correios para verificar se foram lesados pelo esquema de fraude que drenou bilhões de reais dos seus benefícios.

O atendimento presencial está disponível em 4.730 agências espalhadas por 76% dos municípios brasileiros, que agora também servem como ponto de apoio para os segurados que querem checar se seus salários foram, literalmente, roubados.

A fraude foi descoberta em abril, durante a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal. O golpe funcionava da seguinte forma: valores eram descontados diretamente dos benefícios, sem autorização dos segurados, e repassados a supostas “associações”. Segundo a PF, o rombo é gigantesco — mais de R$ 6,3 bilhões desviados em cinco anos.

Corrida contra o prejuízo

De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo governo, quase 2,5 milhões de aposentados e pensionistas já pediram ressarcimento, e desse total, 60 mil tiveram a confirmação de que sofreram descontos indevidos.

A checagem não precisa ser feita só nos Correios. Quem preferir pode acessar o aplicativo ou site “Meu INSS”, ou ainda ligar para o telefone 135, onde é possível consultar se há irregularidades e solicitar o dinheiro de volta.

Até o momento, 41 associações estão sob suspeita. Elas agora têm 15 dias úteis para provar que os descontos feitos dos segurados foram autorizados — o que, na prática, poucos conseguem demonstrar.

E agora?

O governo promete que o processo de devolução será concluído até o fim do ano. Mas, para muitos aposentados, o estrago já foi grande demais. Pessoas que vivem com um salário apertado se depararam, mês após mês, com valores misteriosamente sumindo do benefício.

O que resta, agora, é correr atrás dos prejuízos e cobrar punições exemplares para quem lucrou em cima da fragilidade dos aposentados brasileiros.

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