Governador Tarcísio diz que polícia interceptou mensagem de facção orientando voto em Boulos

Governador Tarcísio diz que polícia interceptou mensagem de facção orientando voto em Boulos


Governador alega interceptação de mensagens do PCC orientando voto no candidato do PSOL, mas Tribunal Eleitoral desmente ter recebido provas; Boulos denuncia manobra eleitoreira e aciona Justiça por abuso de poder

Em um movimento polêmico no dia decisivo de votação, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que conversas interceptadas pelo serviço de inteligência da Polícia Militar revelaram supostas orientações de uma facção criminosa, direcionando votos para Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições para a prefeitura. Tarcísio afirmou que relatórios foram enviados ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e que há uma troca de informações sobre o caso. No entanto, o TRE negou ter recebido qualquer documento ou notificação oficial sobre o assunto.

Boulos, reagindo à acusação, classificou a declaração como “falsa” e “eleitoreira”, associando a fala de Tarcísio a um “laudo falso do segundo turno” com o objetivo de influenciar o eleitorado. Em coletiva, ele anunciou que entrou com uma ação de investigação por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação contra o governador. “No dia da eleição, o governador se vale de uma acusação sem provas, usando a máquina pública para criar medo e confusão. É desespero absoluto”, afirmou o candidato.

A Secretaria de Segurança Pública divulgou que mensagens atribuídas ao PCC circularam em São Paulo e em outras cidades, como Santos e Sumaré, orientando voto em Boulos e sua vice, Marta Suplicy. Contudo, o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, contradisse essa narrativa, afirmando que a inteligência nacional não encontrou indícios de orientação por parte de facções para apoiar qualquer candidato.

Diante das declarações de Tarcísio, a bancada do PT, PCdoB e PV no estado emitiu uma nota de repúdio, acusando o governador de lançar mão de mentiras para interferir nas eleições e de desrespeitar o eleitorado ao incitar medo e calúnias. O caso segue na Justiça, enquanto as urnas ainda registram os votos do segundo turno em São Paulo, com a cidade atenta ao resultado e à verdade dos fatos.

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