Governo dá recado a Maduro, mas evita expor Lula no embate: estratégia ou cautela?
Após provocação do presidente venezuelano, resposta vem via Itamaraty para poupar imagem de Lula e evitar atritos diretos
O governo brasileiro se viu em uma encruzilhada: ignorar ou responder à provocação direta do presidente venezuelano Nicolás Maduro? Optando pela segunda via, a resposta veio, mas com um cuidado calculado — a mensagem foi emitida pelo Itamaraty, sem envolver diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa decisão reflete a tentativa de evitar uma exposição pública de Lula nesse embate internacional, especialmente diante do tom agressivo da Venezuela.
A recente provocação de Maduro, que divulgou uma imagem desfocada de Lula com a frase “quem se mete com a Venezuela, se dá mal”, foi considerada ofensiva pelo Palácio do Planalto, que viu ali um ataque pessoal. Mesmo diante da escalada retórica, o governo brasileiro preferiu manter uma postura diplomática e acusou o governo venezuelano de desrespeitar símbolos nacionais, como a bandeira do Brasil.
Por ora, a resposta do Brasil parece ser o suficiente. Fontes dentro do governo confirmam que não pretendem dar continuidade a esse “bate-boca”, evitando, assim, um desgaste diplomático que poderia tirar o foco das eleições e questões internas da Venezuela. Um ministro, em declaração reservada, afirmou: “Chega uma hora que tem que responder”, mas deixou claro que o interesse do governo é encerrar a questão por aqui.
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