Governo de Tarcísio afasta major que é alvo de operação da PF que mira Bolsonaro e aliados
O governo de Tarcísio Freitas, em São Paulo, decidiu afastar Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército e ex-diretor do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, da empresa pública de Tecnologia da Informação (TI) do estado, Prodesp. A decisão ocorreu dois dias após uma operação da Polícia Federal no âmbito de um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Angelo Martins Denicoli ocupava o cargo de assessor especial na Prodesp e, de acordo com os investigadores, fazia parte de um núcleo de “desinformação” do esquema em questão. A Polícia Federal alega que o major atuou na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas sobre o processo eleitoral, tendo interlocução com o argentino Fernando Cerimedo, responsável por uma live com ataques às urnas. Na última quinta-feira, Denicoli foi alvo de mandado de busca e apreensão, e seu passaporte foi retido, assim como o do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Prodesp confirmou o afastamento do funcionário de suas funções, conforme informado à imprensa. A medida foi tomada em meio às investigações sobre as ações do major da reserva no contexto da operação da Polícia Federal.