Governo Enviará Proposta para Regulamentação das Redes Sociais ao Congresso

Governo Enviará Proposta para Regulamentação das Redes Sociais ao Congresso

Medida visa estabelecer regras para plataformas digitais após mudanças no controle de conteúdo da Meta

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta sexta-feira (10/1) que o governo brasileiro enviará um projeto para regulamentar as redes sociais até o início dos trabalhos legislativos em fevereiro. A proposta será formulada por um grupo de trabalho e discutida com os líderes do Congresso Nacional.

A decisão de priorizar essa regulamentação surgiu após o anúncio do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre o fim da checagem de informações e de iniciativas para combater o discurso de ódio em suas plataformas, como Facebook, Instagram e WhatsApp.

Em coletiva de imprensa, Rui Costa afirmou que o governo deseja apresentar uma proposta finalizada assim que o Legislativo retomar suas atividades. “Temos um acúmulo de meses de discussão sobre isso e queremos agir rapidamente”, disse o ministro, destacando que o governo procurará líderes do Congresso para definir a melhor abordagem.

O grupo de trabalho que elaborará o projeto incluirá membros da Advocacia-Geral da União (AGU), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), entre outros órgãos.

Em 2023, houve uma tentativa de regulamentação com o Projeto de Lei das Fake News, mas o texto foi arquivado após forte resistência das grandes empresas de tecnologia, que resultaram em ações judiciais e críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira. Não houve consenso sobre a questão na época.

Rui Costa também criticou a postura da Meta, destacando que as mudanças impactam a segurança pública e a proteção de crianças, com risco de propagação de conteúdos impróprios e até tráfico de pessoas. Além disso, reforçou a posição do presidente Lula de que o Brasil não permitirá que empresas, nacionais ou multinacionais, desrespeitem a legislação e a Justiça brasileiras.

A reunião no Palácio do Planalto contou com a participação dos ministros Juscelino Filho (Comunicações), Laércio Portela (Secom), Jorge Messias (Advogado-Geral da União) e outras autoridades.

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