Governo fecha o 1º semestre com rombo de R$ 40 bilhões nas contas
Durante o primeiro semestre do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as contas públicas apresentaram um déficit de R$ 42,5 bilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira. Esse é o pior resultado para o período desde 2021.
No mesmo período do ano passado, o governo havia registrado um superávit de R$ 54,2 bilhões, ou seja, suas receitas foram maiores que suas despesas. Para o restante do ano, o governo tem como objetivo fechar com um déficit inferior a R$ 100 bilhões.
O déficit acumulado deste ano é resultado de uma redução na receita do governo federal e um aumento nas despesas. A receita total teve uma queda de R$ 62,5 bilhões (5,3% após considerar a inflação), com impactos negativos na arrecadação proveniente de concessões, dividendos de empresas estatais, além dos impostos IPI e CSLL. O IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, teve suas alíquotas reduzidas durante o governo Jair Bolsonaro, enquanto a CSLL é decorrente dos lucros das empresas.
As despesas do governo aumentaram em R$ 47,5 bilhões, também considerando a inflação. Esse aumento foi impulsionado pela aprovação da “PEC da Transição”, que possibilitou uma expansão de gastos da ordem de R$ 145 bilhões neste ano.
Dentre os fatores que contribuíram para esse aumento de despesas, destacam-se o acréscimo de R$ 44,2 bilhões nos gastos com o programa Bolsa Família, e um adicional de R$ 9,4 bilhões no pagamento de sentenças judiciais e precatórios (custeio e capital).