
Governo Lula Avalia Troca no Comando da Previ Após Déficit Bilionário
Críticas à Gestão de João Fukunaga Crescem, Especialmente Após o Déficit de R$ 17,5 Bilhões no Plano 1 do Fundo de Pensão
O governo Lula está tomando medidas para substituir João Fukunaga da presidência da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, segundo fontes dentro do Executivo. Fukunaga, que é sindicalista e assumiu o cargo no início do atual governo, tem enfrentado críticas pela falta de experiência no setor executivo, tendo sua carreira centrada no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
A situação se agravou com a divulgação do déficit de R$ 17,5 bilhões no plano 1 da Previ, o mais antigo da fundação, o que gerou críticas de parlamentares de direita e de funcionários do BB. Esse déficit é especialmente controverso, pois é atribuído, em parte, aos investimentos em ações da Vale, conforme o fundo alegou, chamando o prejuízo de “conjuntural”. No entanto, a gestão de Fukunaga tem enfrentado resistência dentro do governo e do Planalto, com a ideia de sua substituição sendo discutida como uma maneira de reverter o desgaste político do governo.
Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma auditoria para investigar o resultado negativo da Previ, e o Senado, por meio da Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização, aprovou um requerimento para que Fukunaga preste esclarecimentos sobre o déficit. O senador Sérgio Moro (União-PR) foi o responsável pelo pedido, enfatizando a preocupação de que esse prejuízo possa afetar os participantes do fundo. Embora tenha sido um convite, Fukunaga não é obrigado a comparecer. Até o momento, ele não se manifestou publicamente sobre o caso.