Governo Lula fecha contrato de 14 milhões com empresa ré por garimpo ilegal
Ministério da Saúde firmou acordos milionários com a Piquiatuba Táxi Aéreo
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou contratos no valor de 14 milhões de reais com a Piquiatuba Táxi Aéreo, uma empresa ré por envolvimento em garimpo ilegal na Amazônia. Os acordos foram estabelecidos entre o Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade, e a referida empresa.
A Piquiatuba Táxi Aéreo é acusada pela Polícia Federal de colaborar com atividades ilegais de garimpo na reserva biológica Maicuru, no Pará. A empresa e seus sócios, Edson Barros da Silva e Patrick Paiva da Silva, enfrentam processos judiciais desde maio de 2021, quando o Ministério Público Federal aceitou denúncias contra eles.
O fundador do garimpo, Armando Amâncio da Silva, pai dos sócios da empresa, foi alvo da Operação Ouro Frio em outubro de 2020, onde foram encontrados 44,9 quilogramas de ouro ilegal em sua residência. Armando faleceu três semanas após a operação.
Os contratos entre o Ministério da Saúde e a Piquiatuba foram estabelecidos entre junho e agosto de 2023, mesmo período em que a empresa já estava sob investigação judicial. O Ministério da Saúde alega que suspenderá os contratos apenas se a empresa for condenada.
A Piquiatuba Táxi Aéreo já tinha firmado contratos com o governo em 2014, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), tendo recebido R$ 181,7 milhões do governo desde então, de acordo com informações do Portal da Transparência.
FONTE: Estadão
