Governo Lula Ignora O Hamas, Em Nota Sobre O Ataque Terrorista Contra Israel
Em sua declaração de condenação aos ataques terroristas contra o Estado de Israel, ocorridos na manhã deste sábado, o governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva não mencionou explicitamente o grupo Hamas, apesar de ser este o responsável pelos atentados que resultaram na perda lamentável de pelo menos 70 vidas israelenses, deixando centenas de outras pessoas feridas.
O Ministério das Relações Exteriores expressou pesar pelas perdas humanas e enfatizou a importância de todas as partes exercerem máxima contenção, a fim de evitar uma escalada da situação. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro apoia a ideia de dois Estados independentes.
Anteriormente, figuras políticas conservadoras, incluindo parlamentares e ex-membros do governo, instaram o governo de Lula a se posicionar oficialmente sobre os ataques perpetrados pelo Hamas. A nota divulgada pelo Planalto foi considerada como “reservada” pela ala mais à direita.
O senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, comentou que o PT já havia culpado a Ucrânia pela invasão russa e ressaltou que o Brasil atualmente preside o Conselho de Segurança da ONU. Ele alertou que se o governo não condenar a brutal invasão em Israel, estará se colocando em uma posição contraditória.
O ex-ministro da Secom, Fábio Wajngarten, ao compartilhar imagens das vítimas israelenses, questionou se o governo do “amor” já havia repudiado o ataque covarde.
O vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante, demonstrou solidariedade ao povo de Israel e condenou o ataque do Hamas, perguntando se algum membro da esquerda também demonstraria solidariedade.
O grupo Hamas anteriormente parabenizou Lula por sua vitória nas eleições presidenciais, destacando o apoio contínuo do líder ao povo palestino em fóruns internacionais.
A nota oficial do governo Lula afirmou que o Brasil condena veementemente os bombardeios e ataques em Israel, que resultaram na trágica morte de pelo menos 20 cidadãos israelenses e mais de 500 feridos. O governo expressou condolências às famílias das vítimas e demonstrou solidariedade ao povo israelense.
Ressaltando a inaceitabilidade da violência, especialmente contra civis, o governo brasileiro exortou todas as partes a demonstrarem máxima moderação para evitar uma escalada do conflito. Até o momento, não há informações sobre vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
O Brasil lamentou que, em 2023, ano que marca o 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, tenha sido observada uma deterioração grave e crescente na situação de segurança entre Israel e Palestina. Na condição de presidente do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil anunciou a convocação de uma reunião de emergência do órgão.
O governo brasileiro reiterou seu compromisso com a solução de dois Estados, nos quais Palestina e Israel coexistem em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Foi reafirmado ainda que simplesmente gerenciar o conflito não é uma alternativa viável, sendo urgente a retomada das negociações de paz.