Governo Lula prepara medida para banir o celular nas escolas
Mais uma daquelas decisões que parecem brotar de um gabinete completamente desconectado da realidade: o governo Lula agora quer banir celulares nas escolas, tanto públicas quanto privadas, como se essa fosse a solução mágica para todos os problemas da educação no Brasil. O Ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que estão preparando um projeto de lei, argumentando que uma simples “recomendação” seria insuficiente. Frágil para quem, exatamente? O que realmente está em jogo aqui é uma incompreensão profunda do que acontece nas escolas e de como os celulares podem ser utilizados de forma responsável.
O governo defende que tirar o celular das mãos dos estudantes irá melhorar a atenção em sala de aula e até a saúde mental dos professores. Sério mesmo? Alguém acredita que o caos na educação brasileira vai ser resolvido simplesmente removendo os aparelhos? Ignorar os problemas estruturais, a falta de recursos, e currículos desatualizados, enquanto se concentra na questão dos celulares, é como tentar tapar o sol com uma peneira. Essa abordagem parece mais uma medida punitiva do que uma tentativa genuína de melhorar o ambiente de aprendizado.
E eles se baseiam em um relatório da Unesco, que afirma que um em cada quatro países já aplicou restrições ao uso de celulares nas escolas. Mas será que essas soluções funcionam em um contexto como o nosso, onde as desigualdades educacionais gritam e muitos alunos nem têm acesso a livros adequados? É revoltante perceber que, ao invés de investir em tecnologia educacional ou em treinamento para professores utilizarem esses recursos de maneira eficaz, o governo prefere optar pelo caminho mais fácil: a proibição.
E ainda querem banir os celulares até nos intervalos entre aulas, alegando que isso ajudará no desenvolvimento de habilidades socioemocionais e reduzirá o cyberbullying. Mas será que essa proibição vai realmente resolver os problemas? O cyberbullying não vai desaparecer só porque os alunos estão longe de seus celulares por algumas horas na escola. E quanto às habilidades socioemocionais? Não seria mais eficaz investir em projetos que promovam diálogo, respeito e empatia, ao invés de tratar os jovens como se fossem incapazes de gerenciar o uso da tecnologia?
É inacreditável que, enquanto o país enfrenta uma crise educacional sem precedentes, com milhões de jovens sem acesso a uma educação de qualidade, a solução apresentada pelo governo seja simplesmente proibir o celular. Isso não é uma política educacional, é um ato de desespero diante de problemas muito maiores e mais complexos.