
Governo Lula quebra recorde de gastos com viagens no início de 2025
Com R$ 789 milhões em diárias, passagens e locomoção, despesa supera até os maiores valores da era Dilma e já soma R$ 2 bilhões desde 2023
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu um novo recorde: só nos três primeiros meses de 2025, foram gastos R$ 789,1 milhões com viagens — um valor histórico que nunca havia sido alcançado desde o início da série registrada em 2011. Esse montante inclui diárias, passagens aéreas e outros custos de deslocamento de servidores e autoridades, e representa um salto de 29,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando os gastos chegaram a R$ 611 milhões.
Só em diárias, o desembolso chegou a R$ 449,1 milhões entre janeiro e março, ultrapassando o recorde anterior de R$ 417,5 milhões, registrado em 2014, no governo Dilma Rousseff. Os custos com passagens e locomoção também dispararam: R$ 340 milhões neste trimestre, frente aos R$ 311,3 milhões de 2014.
As viagens internacionais do presidente Lula ajudaram a inflar os números. Até março, ele já havia passado 96 dias fora do país, com visitas ao Japão, Vietnã e Vaticano. E esse número não para de crescer: nesta terça-feira (6), ele embarca para Moscou, na Rússia, para participar das comemorações pelos 80 anos do Dia da Vitória. A primeira-dama Janja já seguiu viagem na sexta-feira (2).
Somando os primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025, o total gasto com viagens pelo governo federal já chega à marca de R$ 2 bilhões — o que representa um aumento de 52,1% em comparação aos R$ 1,3 bilhão desembolsados nos quatro anos do governo Bolsonaro. Um dos motivos para esse salto está na ampliação da máquina pública: Lula elevou o número de ministérios de 23 para 38, o que naturalmente elevou os custos com deslocamentos.
Na gestão anterior, o corte de viagens e o controle de deslocamentos foram medidas centrais para conter gastos, o que fez com que o menor valor já registrado tenha ocorrido no primeiro trimestre de 2021: R$ 195,3 milhões. Em 2022, os gastos voltaram a subir, com alta de 59,2%.
O novo cenário deixa evidente que, em nome da presença internacional e da reestruturação do governo, o Planalto tem colocado o pé na estrada — e o peso no bolso do contribuinte também.