Governo Lula reage à ofensiva de Nikolas sobre escândalo do INSS

Governo Lula reage à ofensiva de Nikolas sobre escândalo do INSS

Vídeo do deputado bolsonarista viraliza e força Planalto a montar operação de contenção nas redes sociais; ministros e aliados tentam rebater acusações, mas com audiência bem menor

O governo Lula entrou em modo de contenção de crise após um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ganhar proporções virais nas redes sociais. Na gravação, que já ultrapassa 130 milhões de visualizações no Instagram, o parlamentar acusa o governo de protagonizar “o maior escândalo de corrupção da história” por conta de descontos indevidos nas aposentadorias pagas pelo INSS.

A resposta do Planalto não demorou. Numa reunião de emergência realizada na quarta-feira (8) no Palácio do Planalto, ministros como Sidônio Palmeira (Comunicação), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Vinicius Carvalho (CGU) e Wolney Queiroz (Previdência), além de nomes de peso do Congresso como Lindbergh Farias, Reginaldo Lopes e Guilherme Boulos, decidiram montar uma contraofensiva digital para tentar frear o impacto da fala de Nikolas.

Mesmo com vídeos de resposta publicados por Gleisi, Lindbergh e outros aliados, a repercussão até agora foi tímida: enquanto o vídeo do deputado bolsonarista alcançou dezenas de milhões de pessoas, a publicação mais vista da base governista não passou de 348 mil visualizações.

Em sua gravação, Lindbergh tentou deslocar a culpa para o governo anterior, lembrando que as primeiras denúncias sobre as fraudes surgiram ainda em 2019, durante a gestão Bolsonaro, e que nomes como Paulo Guedes e Rogério Marinho estavam à frente da Previdência. “Fazem de tudo para colar o escândalo em Lula, mas quem comandava o INSS quando tudo começou era o time do Bolsonaro”, disse.

Mesmo assim, a pressão nas redes cresceu. Levantamento da consultoria Bites mostrou que o tema já superou, em engajamento, a crise do Pix enfrentada pelo governo no início do ano. A movimentação de Nikolas, um dos principais nomes da oposição nas redes, mais uma vez mostrou o poder de alcance digital da base bolsonarista, enquanto o Planalto ainda patina para se defender de forma eficaz no campo virtual.

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