Governo responsabiliza Enel por apagão em SP e exige ressarcimento pelos prejuízos

O governo federal reagiu firmemente ao apagão que deixou milhares de paulistanos sem energia, afirmando nesta segunda-feira (14) que a falha na distribuição de eletricidade foi responsabilidade da concessionária Enel. Além disso, a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do governo estadual de São Paulo também está sob investigação, uma vez que há suspeitas de erro na fiscalização.

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, classificou a conduta da Enel como “inadmissível” e ressaltou que essa não é a primeira vez que a concessionária falha na prestação de serviços. A reincidência desses problemas aumentou a indignação do governo, que agora estuda formas de garantir o ressarcimento dos prejuízos causados pela falta de energia.

Além disso, o governo, através do advogado-geral da União, Jorge Messias, estuda entrar com uma ação por dano moral coletivo contra a Enel, visando assegurar que todas as perdas sofridas pelos consumidores, incluindo pessoas físicas, jurídicas e pequenos empresários, sejam devidamente compensadas.

Apesar da gravidade da situação, a troca de acusações entre autoridades tem prejudicado o andamento das soluções. Enquanto o governo cobra explicações da Enel e questiona a eficácia da fiscalização da Aneel, a prefeitura de São Paulo também foi notificada para esclarecer quais providências tomou para evitar a queda de árvores sobre as redes de energia – fator que, segundo a concessionária, contribuiu para o apagão.

Para os moradores que estão sem energia há dias, a sensação é de abandono e revolta. O jogo de empurra entre as autoridades não resolve o problema imediato de quem está no escuro, e as respostas concretas ainda parecem distantes. O governo promete medidas rigorosas, mas, por enquanto, a população segue à espera de soluções, sem luz e sem clareza sobre quem será responsabilizado por esse caos.