Governo se recusa a divulgar informações de vacinação de Janja: ‘Ela não ocupa cargo público’

Governo se recusa a divulgar informações de vacinação de Janja: ‘Ela não ocupa cargo público’

O governo de Lula se recusou a fornecer informações sobre as vacinas contra dengue e covid-19 recebidas por Janja, a primeira-dama.

A primeira-dama acompanha Lula em viagens oficiais e recebeu credencial de chefe de Estado nas Olimpíadas.

Segundo o Executivo, Janja não “ocupa cargo público”, e as informações sobre a saúde dela são pessoais e sensíveis.

A solicitação feita pela Revista Oeste, através da Lei de Acesso à Informação, foi negada pela Casa Civil, que também rejeitou um recurso apresentado pela mesma revista.

A Revista Oeste argumenta que a requisição é de interesse público, visto que, apesar de Janja não ter um cargo formal no governo federal, ela possui um escritório no Palácio do Planalto, participa de reuniões com ministros, gerencia a agenda de Lula durante sua ausência por doença, e influencia áreas como economia, defesa e publicidade. Ela disputa com o fotógrafo Ricardo Stuckert o controle das redes sociais do presidente.

Janja está presente em todas as viagens oficiais ao exterior. Recentemente, ela recebeu uma credencial de chefe de Estado para representar o presidente nas Olimpíadas de Paris. Os eventos em que participa utilizam recursos dos contribuintes. Sua viagem para a França custou mais de R$ 80 mil em passagens aéreas, sem incluir diárias e outros custos para assessores que a acompanham.

De acordo com uma pesquisa do site Poder360, Lula e Janja gastaram R$ 65 milhões em viagens internacionais desde o início de 2023 até março deste ano.

Lula divulga informações de vacinação apesar do silêncio de Janja

No dia 5 de fevereiro, sem qualquer publicidade e antes do início da campanha de imunização do SUS, Lula recebeu a vacina contra a dengue de uma rede privada. Quatro dias depois, iniciou-se a campanha do SUS para combater a doença. Uma das críticas mais intensas ao governo é a falta de vacinas na rede pública.

FONTE: Revista Oeste

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