Governo Trump corta financiamento federal de Harvard em meio a tensões sobre antissemitismo e protestos

Em uma decisão que intensifica o confronto entre o governo de Donald Trump e a renomada Universidade de Harvard, a secretária de Educação dos Estados Unidos, Linda McMahon, anunciou nesta segunda-feira (5) que a instituição deixará de receber subvenções federais. A medida vem após semanas de crescente tensão entre a administração republicana e diversas universidades de prestígio, acusadas de permitir a disseminação de antissemitismo em seus campi.

Em carta enviada ao reitor de Harvard, McMahon explicou que a universidade não deveria mais solicitar auxílio do governo, já que não seriam mais concedidas verbas federais. Ela alegou que a universidade violou suas responsabilidades legais, éticas e fiscais, e não demonstrou a devida transparência. O conflito se acirrou quando Harvard se recusou a aceitar a supervisão governamental sobre suas práticas de admissões, contratações e direcionamento acadêmico, resultando em uma suspensão de US$ 2,2 bilhões em recursos federais, além de uma revisão de um total de US$ 9 bilhões em financiamentos.

Harvard, considerada uma das mais prestigiadas e ricas universidades do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 53,2 bilhões, se tornou alvo da ira de Trump por se recusar a atender a seus pedidos. Além disso, o governo tem adotado medidas contra estudantes estrangeiros em diversas universidades que se envolveram em protestos contra Israel, acusando-os de apoiar o Hamas, grupo islamista palestino que iniciou o conflito em Gaza.