Guerra declarada na direita: Eduardo Bolsonaro se mexe para barrar Michelle e Tarcísio em 2026

Filho 03 deixa claro que não aceita outro herdeiro do bolsonarismo no Planalto que não seja… ele mesmo ou seus irmãos

A mais de um ano das eleições, Eduardo Bolsonaro já começou a se movimentar nos bastidores para garantir que o sobrenome da família continue brilhando nas urnas — e de preferência nas mãos dele ou dos irmãos. O deputado federal licenciado deixou claro para aliados que não pretende abrir espaço para que Michelle Bolsonaro ou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disputem a Presidência em 2026.

A movimentação pegou muita gente da direita de surpresa. Nos bastidores, Eduardo mandou um recado direto: a herança política de Jair Bolsonaro é coisa de família. Fora disso, não tem negociação.

O desconforto com Tarcísio não é novidade. Eduardo ainda não digeriu o fato de que, desde que assumiu o governo paulista, o ex-ministro nunca lhe deu espaço, ignorou indicações e, pra piorar, sequer fez questão de um café quando os dois estavam nos EUA recentemente — algo que ele percebeu que Tarcísio fez com outros políticos do centrão.

Quanto à ex-primeira-dama, Eduardo vê com desconfiança o avanço de Michelle nos bastidores do PL. Na visão dele, ela está claramente se articulando para ser candidata em 2026. E ele não gosta nada dessa ideia.

Entre aliados, a leitura é que Valdemar Costa Neto, chefão do PL, aposta em Michelle justamente por achar que, por ser nova no jogo político, ela seria mais fácil de ser controlada. E isso é mais um motivo que tem levado Eduardo a cogitar uma possível mudança de partido — com o PP aparecendo como caminho provável.

O fato é que, com Jair Bolsonaro inelegível e sem perspectiva de reverter isso, a briga pelo espólio político da direita bolsonarista já começou — e não vai ser nada pacífica.