Haddad Defende Cautela Frente ao “Tarifaço” de Trump e Reforça Posição de Prudência

Haddad Defende Cautela Frente ao “Tarifaço” de Trump e Reforça Posição de Prudência

Ministro da Fazenda destaca que o Brasil está monitorando a situação e aposta no diálogo diplomático com os Estados Unidos.

Em meio às tensões comerciais geradas pelo novo “tarifaço” anunciado pelos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu cautela e prudência ao avaliar as repercussões das medidas protecionistas de Donald Trump. Em entrevista nesta quinta-feira, o ministro destacou que, dado o ritmo acelerado das mudanças nas decisões americanas, é cedo para fazer uma análise precisa sobre os impactos econômicos para o Brasil.

“Como as coisas podem mudar a qualquer momento, não podemos fazer uma avaliação definitiva. Tudo o que dissermos hoje pode ser desmentido amanhã, dependendo dos próximos passos do governo dos EUA”, afirmou Haddad. Ele reforçou que o governo brasileiro está acompanhando de perto os desdobramentos e agindo com prudência, conforme a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Haddad também explicou que o Brasil segue com os canais diplomáticos abertos, mantendo o diálogo com os Estados Unidos, mas sem perder de vista a estratégia de diversificação comercial. “Estamos ampliando nossa presença no comércio internacional com os três principais blocos econômicos, não apenas com um. Desde o primeiro dia do governo Lula, buscamos abrir mercados para produtos brasileiros, e isso inclui não só commodities, mas também bens e serviços”, afirmou.

O ministro ressaltou que a postura do Brasil continua sendo multilateral, em alinhamento com os interesses de diversas regiões do mundo. “O Brasil não pode ser submisso a nenhum bloco econômico. Sempre deixamos claro que temos uma atuação independente e vamos continuar a investir no multilateralismo tanto na política quanto na economia”, concluiu Haddad.

Apesar das incertezas em torno das decisões americanas, o governo segue focado em manter uma abordagem equilibrada e estratégica, sem precipitações, e buscando preservar o comércio e as parcerias internacionais do Brasil.

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