Helicóptero que sumiu: MPF quis fim de empresa por serviço clandestino
O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) havia recomendado o encerramento das atividades das empresas responsáveis por um helicóptero desaparecido no interior paulista na véspera do Ano-Novo. O MPF considerou o uso “clandestino” da aeronave de prefixo PR-HDB. Em outubro de 2022, a procuradora Karen Louise Jeanette Kahn, em um ofício, destacou que o piloto da aeronave, Cassiano Tete Teodoro, havia recebido mais de 17 autos de infração e continuou a atuar como piloto comercial, mesmo durante dois anos com a licença cassada.
Cassiano é sócio da CBA Investimentos, que compartilha a propriedade do helicóptero desaparecido com a RGI Locações. O MPF recomendou que ambas as empresas não pudessem mais ceder, locar ou contratar aeronaves. O helicóptero não possuía autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para realizar serviços de táxi aéreo.
Segundo o MPF, a CBA realizava publicidade irregular e clandestina de serviços de transporte aéreo, gestão de aeronaves e voos panorâmicos nas redes sociais, sem autorização da ANAC. A recomendação apontou uma possível falta de comprometimento das empresas e do sócio Cassiano com as regras de aviação civil, especialmente relacionadas à segurança operacional.
O helicóptero desaparecido, de propriedade compartilhada entre as duas empresas, decolou do Campo de Marte em São Paulo com destino a Ilhabela e desapareceu dos radares ao sobrevoar a região da Serra do Mar, próximo a São José dos Campos. O helicóptero realizou um pouso forçado antes de desaparecer. As buscas estão sendo conduzidas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e Polícia Militar (PM), mas até o momento a aeronave e seus quatro ocupantes não foram localizados.