Homem Que Ameaçou Atacar Sedes da PMDF e PF é Identificado
Advogado tem histórico de crises psiquiátricas e foi denunciado por agressão pela esposa
O advogado Fabrizio Domingos Costa Ferreira, residente do Plano Piloto, foi identificado como o homem que ameaçou realizar ataques com explosivos contra as sedes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e da Polícia Federal (PF) na manhã de sábado (28/12).
Denúncia de Agressão e Medidas Protetivas
No mesmo dia, a esposa de Ferreira registrou uma denúncia por agressão e solicitou medidas protetivas. Segundo o depoimento, o casal vivia junto há sete anos, mas estava em processo de separação. A mulher relatou que o advogado, antes considerado tranquilo e avesso ao consumo de álcool ou drogas, começou a apresentar crises psicóticas e comportamentos violentos há cerca de um mês.
No depoimento, a mulher afirmou que Ferreira tentou esganá-la em 22 de dezembro e a ameaçou, assim como seus familiares. Além disso, mencionou que ele possui diagnóstico de transtorno bipolar e já foi internado em unidades psiquiátricas. A Justiça determinou que ele deve manter distância mínima de 300 metros da vítima e está proibido de qualquer contato com ela.
Ameaça e Abordagem Policial
Por volta das 6h40 de sábado, Ferreira alegou estar em posse de explosivos e ameaçou atacar as sedes da PMDF e da PF, fugindo em seguida. A Polícia Militar, por meio do Batalhão de Choque, iniciou uma perseguição e o interceptou na Via N1, próximo ao Setor Hoteleiro Norte. Após a abordagem, não foram encontrados explosivos no veículo.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Ferreira estava em surto psicótico no momento das ameaças. O delegado plantonista da 5ª Delegacia de Polícia, Fábio Costa, informou que, inicialmente, não foi identificado crime, uma vez que não havia material explosivo no local. A Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) continuará a investigação para apurar os fatos.
Histórico e Repercussão
O caso chamou atenção pela gravidade das ameaças e pelo histórico de saúde mental do advogado, levantando questões sobre a prevenção de incidentes semelhantes e a necessidade de acompanhamento médico para pessoas em situação de vulnerabilidade psíquica.
A investigação segue para determinar se houve elementos concretos que possam configurar crime, enquanto a esposa da vítima optou por não conceder entrevistas à imprensa.
