Hugo Motta critica isenções fiscais bilionárias: “Carregar esse peso virou missão de todos nós”

Hugo Motta critica isenções fiscais bilionárias: “Carregar esse peso virou missão de todos nós”

Presidente da Câmara defende cortes em privilégios e mais eficiência no setor público como forma de aliviar juros e equilibrar as contas do país

Durante sua participação no 14º Lide Investment Forum, em Nova York, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez um desabafo que ecoa o peso das decisões fiscais do país: “Está pesado carregar isso”. A fala se refere aos mais de R$ 650 bilhões que o governo deixa de arrecadar anualmente por causa das isenções fiscais concedidas a diferentes setores da economia.

Segundo Motta, esse valor gigantesco pesa sobre todos os brasileiros, e é hora de repensar essas concessões. “É um fardo que está sendo repartido entre todos nós”, reforçou o deputado, ao sugerir que o tema precisa ser colocado no centro do debate nacional.

Para ele, não dá mais para empurrar com a barriga a responsabilidade fiscal. “Temos que encarar os gastos públicos com seriedade”, afirmou, lembrando que o Congresso já fez sua parte nos últimos dois anos ao aprovar medidas de aumento de arrecadação. Agora, diz ele, esse ciclo chegou ao limite.

Outro ponto destacado por Motta foi a dependência do crescimento econômico atual no consumo das famílias — um modelo que, segundo ele, não é o mais saudável para sustentar o desenvolvimento do país a longo prazo.

Motta também defendeu uma reformulação do próprio Estado, tornando-o mais leve, eficiente e voltado para resultados. “Precisamos de uma máquina pública mais inteligente, que entregue mais com menos”, pontuou.

O fórum contou ainda com a presença de nomes de peso da política nacional, como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, além de ex-presidentes e governadores. O objetivo do evento é discutir caminhos e oportunidades de investimento no Brasil.

Enquanto isso, em Brasília, o clima político esquenta com o pedido da oposição para instalar uma CPI sobre possíveis fraudes no INSS, mostrando que, além das contas públicas, a pressão também aumenta no campo das investigações.

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