Ibovespa fecha 2023 com alta de 22% e alcança maior patamar da história, aos 134 mil pontos; dólar cai 8% no ano
Ao final do ano de 2023, o Ibovespa encerrou com um aumento significativo de 22%, atingindo o marco histórico de 134 mil pontos, consolidando seu desempenho positivo ao longo do ano. Apesar de uma ligeira queda na última sessão do ano, o índice manteve-se robusto em comparação com o início do ano, quando chegou a cair para 97 mil pontos em março.
Em contrapartida, o dólar apresentou um cenário oposto, registrando ganhos no último dia de negociações, mas fechando o ano com uma queda expressiva de 8%, marcando a maior desvalorização anual desde 2016 em relação ao real, quando encerrou 2022 cotado a R$ 5,2780.
Destacando o desempenho das ações, os setores de construção, incorporação e varejo foram os mais beneficiados em 2023, impulsionados pela redução das taxas de juros no segundo semestre e pela perspectiva de reaquecimento do mercado, especialmente no programa Minha Casa Minha Vida. Entre as ações que mais subiram no ano, destacam-se Tenda, C&A, Plano e Plano, Banco Pine e Marcopolo, com valorizações expressivas.
No entanto, algumas empresas enfrentaram desafios, sendo impactadas negativamente. As Americanas, por exemplo, enfrentaram notícias desfavoráveis, enquanto a PDG, do setor de construção civil, teve uma queda acentuada após o anúncio de aumento de capital.
Para 2024, apesar da possibilidade de realização de lucros no curto prazo, analistas do Itaú BBA projetam que o Ibovespa buscará atingir os 150 mil pontos, considerando o movimento de alta registrado nos últimos meses.
No cenário internacional, os mercados em Nova York encerraram sem uma direção única, enquanto na Europa houve uma tendência negativa devido a uma postura mais dura na política monetária do Banco Central Europeu.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou medidas fiscais para compensar os efeitos de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada a compensações fiscais de empresas.
Os dados do IPCA-15 de dezembro superaram as expectativas, com uma prévia da inflação de 0,4% no mês e acumulado de 4,72% em 12 meses. Analistas ponderam que, apesar da surpresa negativa, a melhoria nos dados econômicos pode influenciar elevações de preços, especialmente em serviços.
Em relação a outros indicadores, o IGP-M acelerou em dezembro, enquanto o Caged mostrou a criação líquida de vagas de trabalho com carteira assinada em novembro, impulsionada pelos setores de serviços e comércio. No entanto, alguns setores como indústria, construção civil e agropecuária apresentaram demissões.
Esses são os principais destaques do fechamento do mercado financeiro e da economia no Brasil e no mundo no final de 2023.