Inacreditável: Lula chama bebê de “monstro” ao defender aborto em casos de estupro.

Inacreditável: Lula chama bebê de “monstro” ao defender aborto em casos de estupro.

Durante uma entrevista à CBN nesta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou novamente o tema do aborto no Brasil, focando especialmente em crianças e adolescentes que engravidam devido à violência sexual.

Lula afirmou ser pessoalmente contra o aborto, mas questionou a obrigatoriedade de vítimas de estupro levarem a gravidez adiante. Ele criticou o projeto de lei do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que propõe equiparar a penalidade do aborto ao homicídio simples.

“Essa discussão sobre aborto legal é complicada. Quem está abortando são meninas de 12, 13, 14 anos. É um crime hediondo um homem estuprar uma menina de 10, 12 anos, e depois querer que ela tenha um filho. Um filho de um monstro”, declarou Lula.

O presidente pediu uma discussão civilizada sobre o tema, ressaltando que muitas violações acontecem dentro das próprias casas das vítimas. “Precisamos discutir isso de maneira madura. As crianças estão sendo violentadas dentro de casa. Temos que respeitar as mulheres. Elas têm o direito de decidir. Por que uma menina tem que ter um filho de um estuprador? Que monstro vai sair do ventre dessa menina?”, questionou Lula.

Ele também comentou sobre o projeto de lei 1.904/24, cuja urgência foi aprovada na Câmara dos Deputados e que busca aumentar a pena para o crime de aborto.

“O autor do projeto disse que queria testar o Lula. Não preciso ser testado. Quem precisa é ele. Gostaria de saber como ele reagiria se fosse sua filha a ser estuprada”, afirmou o presidente.

“Eu sou contra o aborto, deixando isso bem claro. Mas como chefe de Estado, tenho que tratar o aborto como uma questão de saúde pública. Não podemos permitir que mulheres ricas façam abortos seguros no exterior enquanto outras morrem em casa tentando interromper a gravidez com métodos perigosos”, concluiu Lula.

A reportagem entrou em contato com o deputado Sóstenes Cavalcante para comentar as críticas do presidente e aguarda uma resposta.

No último sábado (15), durante uma viagem à Itália, Lula já havia se manifestado sobre o tema, chamando de “insanidade” a ideia de punir uma mulher estuprada com uma pena maior do que a de seu agressor, caso o projeto fosse aprovado.

“Acho que é insanidade querer punir uma mulher mais severamente que o criminoso que cometeu o estupro. Não é sério”, disse Lula a jornalistas.

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