Indiciado pela PF e condecorado por Lula: coronel retorna ao Brasil para se defender

Indiciado pela PF e condecorado por Lula: coronel retorna ao Brasil para se defender

Fabrício Bastos, ligado à operação de repatriação em Israel, enfrenta acusações de envolvimento golpista

O coronel Fabrício Moreira Bastos, um dos 25 militares indiciados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, está no centro de uma polêmica que mistura honrarias e acusações graves. Adido de Defesa na Embaixada do Brasil em Tel Aviv, Bastos foi condecorado em novembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Ordem do Rio Branco no grau de Comendador, o terceiro mais alto da honraria.

Na ocasião, o reconhecimento foi dado a servidores que atuaram na repatriação de brasileiros durante a guerra entre Israel e Hamas. Como adido de Defesa, Bastos teve um papel importante ao coordenar esforços junto a governos locais e auxiliar a diplomacia brasileira em meio ao conflito.

Indiciamento gera surpresa no Exército
Apesar do reconhecimento oficial, o nome de Bastos aparece em um relatório sigiloso da Polícia Federal que o liga a uma suposta tentativa de golpe de Estado. A investigação aponta para o possível envolvimento do coronel em uma carta de teor golpista, o que surpreendeu integrantes do Exército e reacendeu discussões sobre as responsabilidades das Forças Armadas em contextos políticos.

Inicialmente previsto para permanecer em Tel Aviv até junho de 2025, o coronel deve antecipar seu retorno ao Brasil para preparar sua defesa. Além de Bastos, outro nome que gerou surpresa foi o do general Nilton Rodrigues Diniz, também indiciado, com ambos sendo convocados para depoimentos recentes pela PF.

A investigação ainda está sob sigilo, mas promete repercussões tanto no meio militar quanto político. Enquanto isso, o retorno de Bastos ao país pode colocar novas peças nesse complicado quebra-cabeça político e institucional.

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