Investigação descobre indícios de plano do PCC contra autoridades em Brasília

Um relatório divulgado pela revista Veja revelou indícios de um plano da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra uma autoridade em Brasília, possivelmente um deputado, senador, ministro ou magistrado. A segurança na capital federal tem sido reforçada desde o ano passado devido a essa ameaça.

Em setembro do ano passado, o setor de inteligência da Polícia Penal identificou que a cúpula do Ministério da Justiça e Segurança Pública estava sendo alvo do PCC, e o alerta foi encaminhado à Polícia Federal e ao então ministro Flávio Dino. Em novembro, o Ministério Público do Estado de São Paulo enviou ao Congresso Nacional um relatório de inteligência que indicava que um grupo de assassinos profissionais da facção havia realizado incursões em Brasília nos meses de maio, junho e julho.

Durante esse período, o grupo criminoso gastou aproximadamente R$ 44 mil em aluguel e mobília de um imóvel, além da aquisição de celulares e transporte na capital federal, conforme registros contábeis da facção. Anotações e imagens das residências oficiais de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira foram encontradas nos telefones de membros do PCC.

Esse grupo, denominado “Restrita”, é especializado em missões arriscadas e perigosas e recebe ordens diretamente de Marcola, o líder máximo do PCC, que está cumprindo pena na Penitenciária Federal de Brasília.

Há a suspeita de que esses criminosos possam tentar sequestrar uma autoridade em troca da libertação de Marcola. O promotor Lincoln Gakiya, especializado na investigação dos métodos da facção, destacou que o PCC busca atingir uma autoridade de grande expressão em Brasília, utilizando táticas terroristas para causar um impacto significativo.