Investigações Apontam para Lavagem de Dinheiro em Compras de Carros de Luxo pelo PCC no Tatuapé

Investigações Apontam para Lavagem de Dinheiro em Compras de Carros de Luxo pelo PCC no Tatuapé

Após mais de um ano de investigação, a polícia está examinando a compra de veículos de luxo, incluindo BMW, Mercedes e Ferrari, no bairro do Tatuapé, em São Paulo, suspeitando de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) em esquemas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Desde o início das investigações, 18 veículos permanecem apreendidos, pois seus proprietários não se apresentaram para reivindicá-los.

As investigações começaram após a morte de Rafael Maeda Pires, conhecido como Japonês do PCC, que levou a polícia a suspeitar de práticas ilícitas em lojas de carros de luxo na região. Desde então, aproximadamente 500 transações de veículos, avaliadas entre R$ 200 mil e R$ 4 milhões, estão sendo revisadas pela Receita Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Civil. Estima-se que essas operações tenham movimentado cerca de R$ 130 milhões.

Em uma operação em 2023, policiais apreenderam 55 carros de luxo, incluindo modelos como Ferrari, Porsche, Mercedes e uma McLaren, que estavam supostamente consignados em uma loja para venda. Até o momento, 18 desses veículos permanecem bloqueados, pois nenhum proprietário se apresentou para reclamá-los.

Durante as investigações, a Receita Federal também apreendeu documentos em outra loja, a EZ Veículos, contendo registros de 350 transações de compra e venda de veículos nos últimos três anos. As autoridades estão analisando esses documentos para identificar os verdadeiros proprietários e determinar se os veículos estavam sendo usados para esconder patrimônio ilícito.

Além de carros de luxo, a facção criminosa PCC estaria usando restaurantes, estacionamentos e postos de gasolina para lavar dinheiro, utilizando máquinas de cartão para desviar os fundos dos clientes para contas de empresas de fachada.

As lojas de carros citadas, como a AK Motors, Imperial e EZ Veículos, não responderam aos pedidos de comentário da reportagem. As autoridades continuam a investigar o caso, buscando entender a extensão do esquema de lavagem de dinheiro e seus impactos na economia local.

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