Investigados por desvio de R$ 70 milhões foram indicados por vice-presidente do PT
Na manhã de terça-feira, 27 de fevereiro, a Polícia Federal iniciou a Operação Salus para investigar o desvio de mais de R$ 70 milhões da saúde em Maricá, no Rio de Janeiro. Três indivíduos sob investigação foram indicados para seus cargos pelo vice-presidente do PT, Washington Quaquá, que ingressou no partido aos 14 anos e foi prefeito de Maricá por dois mandatos. Os suspeitos, ligados à gestão municipal, incluem a secretária de Saúde, Solange Regina de Oliveira, a diretora do Hospital Che Guevara, Simone da Costa Massa, e o presidente da Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD), Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo.
A Operação Salus, nomeada em referência à deusa grega da saúde, da limpeza e da sanidade, foi desencadeada com base em um relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ). O desvio de recursos teria ocorrido por meio de um contrato com o Instituto Gnosis, uma Organização Social de Saúde (OSS). A investigação abrange servidores públicos, empresários e operadores financeiros.
A PF cumpre 14 mandados de busca e apreensão em Maricá, Niterói e Rio de Janeiro, visando esclarecer o suposto esquema. Os sócios da OSS, residentes em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, tiveram seus bens apreendidos, incluindo quatro veículos de luxo, R$ 50 mil em espécie, celulares, notebooks e documentos. O vice-presidente do PT, Washington Quaquá, pretende se candidatar novamente a prefeito de Maricá. A Prefeitura de Maricá emitiu nota afirmando que fornecerá todos os esclarecimentos necessários e cumprirá as determinações judiciais.