Irmão de Lula vira alvo da CPI do INSS em meio a denúncias de fraudes milionárias

Irmão de Lula vira alvo da CPI do INSS em meio a denúncias de fraudes milionárias

Frei Chico, de 83 anos, é citado em investigação sobre aposentadorias suspeitas; governo tenta conter desgaste político

O sindicalista José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico — e também como irmão mais velho do presidente Lula — voltou a ser figura central de um escândalo que promete abalar Brasília. Aos 83 anos, Frei Chico agora é citado pela CPI dos Aposentados, instalada no Congresso Nacional para investigar fraudes bilionárias no INSS. O foco da comissão passou a incluir o suposto envolvimento do ex-sindicalista em esquemas de concessão irregular de aposentadorias e pensões.

As investigações apontam para uma possível rede de favorecimentos, com intermediários, documentos forjados e apadrinhamento político — tudo isso supostamente facilitando a liberação de benefícios para pessoas que não teriam direito. A CPI também está analisando a atuação de outros sindicalistas e suspeitas de que nomes ligados ao meio político tenham influenciado o funcionamento do esquema.

Frei Chico, por sua vez, nega qualquer participação e afirma que está sendo vítima de perseguição política. A defesa dele divulgou nota dizendo que ele nunca atuou em favor de irregularidades no INSS e que sua história como líder sindical está sendo usada de forma distorcida.

Essa não é a primeira vez que o nome de Frei Chico aparece em meio a polêmicas. Em 2019, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por supostamente receber um “mensalinho” da Odebrecht. Na época, o caso girava em torno de pagamentos mensais feitos pela empreiteira, sob a justificativa de uma consultoria sindical. A acusação não avançou judicialmente, mas o episódio deixou marcas.

Agora, com novos documentos e depoimentos reforçando suspeitas, a CPI ganhou tração. Já se fala em quebra de sigilos e convocação de envolvidos, com apoio da Polícia Federal e do Tribunal de Contas da União. O Planalto tenta minimizar os impactos políticos, mas nos bastidores a preocupação é evidente — principalmente com o risco de desgaste para o presidente Lula, às vésperas de um ano decisivo para as eleições municipais.

Enquanto a comissão avança, a pergunta que paira no ar é: até onde essa investigação vai chegar?

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