Irmãos Batista Surge Novamente em Caso de Suspeita de Corrupção Envolvendo Sentenças Judiciais

JBS é acusada de pagamentos suspeitos a advogada ligada a lobista e à esposa de desembargador, somando R$ 15 milhões.

Após quase oito anos desde as revelações de pagamentos de propinas durante a Operação Lava Jato, a empresa JBS, de Joesley e Wesley Batista, volta a ser mencionada em uma nova investigação da Polícia Federal, desta vez relacionada à corrupção envolvendo sentenças do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). A empresa dos irmãos Batista é suspeita de realizar pagamentos irregulares no valor de R$ 15 milhões a Mirian Ribeiro Rodrigues, advogada e esposa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, preso pela PF no ano passado

Documentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encaminhados à Polícia Federal apontam transações suspeitas entre a JBS e o escritório de Mirian, que teria feito pagamentos milionários, incluindo R$ 11,5 milhões em junho de 2023. Além disso, há uma transferência de R$ 938 mil feita por Mirian à advogada Aline Gonçalves de Sousa, esposa de um desembargador do TRF1, César Jatahy, o que levanta questionamentos sobre a origem e a natureza dessas transações.

Mirian, que figura como advogada em diversos processos no TRF1, nega que o pagamento tenha qualquer relação com sentenças daquele tribunal, e a JBS afirma que os valores pagos são referentes a honorários advocatícios. No entanto, o Coaf revelou que os valores movimentados são muito superiores à capacidade financeira declarada, sugerindo que a transação pode ser irregular.

A Polícia Federal está investigando o possível envolvimento de servidores do STJ em vazamentos de informações para o grupo J&F, controlador da JBS. Embora a JBS negue qualquer prática ilícita, o caso levanta novas suspeitas sobre a utilização de sua influência em processos judiciais.

4o mini